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Desde a década de 1950, as empresas vêm procurando adequar seus recursos aos objetivos e desta maneira, passaram a ter um olhar mais estratégico dos seus negócios. Todo bom Planejamento Estratégico deve definir sete premissas fundamentais, e são elas: O QUE, POR QUE, QUEM, QUANDO, ONDE, COMO e QUANTO CUSTA. Esta técnica é mais conhecida entre os acadêmicos da Administração de 5W2H (What, Why, Who, When, Where, How e How Much). É um conjunto de questões utilizado para compor planos de ação de maneira rápida e eficiente. Respondendo às sete questões de modo realista, é possível enxergar com clareza a necessidade, ou não, de uma mudança, e formular um plano para alcançar esse objetivo. A partir de um plano maior, vão sendo subdivididos em Planos Estratégicos menores, cujos responsáveis, em geral, são os Diretores de Áreas ou Gerentes, a depender do porte da companhia.
Alguns teóricos da Administração pretendem que o método 5W2H tenha sido inspirado no modelo japonôes de produção, o "toyotismo". Foi a partir de uma visita dos engenheiros Taiichi Ohno e Eiji Toyoda aos EUA que inspirou o Japão a desemvolver o seu modelo de produção. Na época, os japoneses em visita ao país norte americano, entraram em contato com o "fordismo".
Ao observar os métodos de produção dos norte americanos, Ohno e Toyoda observaram o grande desperdício de materiais e matérias primas. Desenvolveram para si o método de produçãocom foco na qualidade do processo e eliminação de desperdício.
Estratégia consiste de um plano, método, manobras ou estratagemas usados para alcançar um objetivo ou resultado específico. Originalmente usada em operações de guerra, ampliou tanto o seu sentido, a ponto de, hoje em dia, estar relacionada com a vertente militar, econômica, psicológica e política da preparação da defesa de um país ou empresa contra uma determinada ameaça. A mudança da estratégia cria novos tipos de guerra e novos campos de batalha.
A cultura organizacional de manter seus custos operacionais o mais baixos possíveis é um verdadeiro entrave à implementação de novos projetos. Daí a importância de se manter na estrutura da empresa uma equipe completa de Controladoria ou, na falta dessa, contratos com empresas de assessoria e consultoria em gestão, que sejam de confiança, possibilitando a implementação de projetos de otimização da utilização dos recursos disponíveis, sem que haja aumento do quadro de funcionários ou grandes impactos financeiros permanentes.
A implantação do Planejamento Estratégico nas corporações consiste na formação de uma base de conhecimento sobre si próprios e sobre a forma como nos enxergam, sobre o cliente e suas necessidades, sobre os executores do Plano Estratégico, sobre as ferramentas disponíveis, sobre a concorrência e seu posicionamento no mercado do segmento, sobre o mercado e o Market Share, sobre eventuais contingências, sobre ações corretivas, mas principalmente, sobre os meios de medição dos resultados relatados.
A definição da MISSÃO irá delinear o motivo da existência da sociedade. A VISÃO demonstra quais os objetivos a longo prazo. Os VALORES irão nortear de que forma a sociedade irá atingir os seu objetivos. Estas declarações (Missão, Visão e Valores), devem ser claras e objetivas e estar ao alcance de TODOS, na mente de TODOS, sejam membros ou não da organização.
O segundo passo, mas não menos importante, é a definição do público-alvo, que deve estar em consonância com os produtos já comercializados pela empresa ou com um produto que será lançado brevemente. É preciso conhecer o seu Público-Alvo para melhor direcionar suas campanhas de Marketing. A definição certa do seu público-alvo engloba muitas informações sobre os hábitos de consumo, preferências, região que residem, poder aquisitivo, dentre outras informações relevantes para definir o perfil do público-alvo. Você, como empresa, deve pensar nas melhores estratégias para captar seu público-alvo.
Como terceira etapa, deve ser estabelecida uma Matriz de Responsabilidades, definindo os limites de atuação de cada líder, bem como a Governança Institucional através de elaboração de Organograma Funcional. A governança é composta por três mecanismos: Liderança, Estratégia e Controle, que são divididos em diversas práticas, como Gestão de Riscos, Monitoramento de Resultados e verificação de integridade.
Somente através do desenvolvimento de uma Matriz SWOT - Strenght (Pontos Fortes), Weakness (Pontos Fracos), Opportunity (Oportunidade) e Threat (ameaças), é que podemos examinar o ambiente interno para conhecer nossos pontos fortes, e dar mais ênfase a este ponto, pois ele nos diferencia da concorrência, ao mesmo tempo em que reconhecemos nossos pontos fracos, e assim buscando a capacitação das equipes. No ambiente externo, com base no conhecimento que adquirimos sobre nós mesmos, podemos reconhecer melhor as oportunidades que surgem nos diferentes cenários que possam surgir, ao mesmo tempo que nos alertam sobre eventuais ameaças de mercado, como mudança de tecnologias, acordos comerciais dos concorrentes, etc.
A partir do conhecimento obtido nos ambientes internos e externos da companhia, ou seja, a partir do momento em que conhecemos nossos trunfos e sabemos sanar/ocultar nossas fraquezas, e que conhecemos o produto, o mercado em que estamos inseridos e os concorrentes, podemos estabelecer bossos objetivos estratégicos. As estratégias básicas que se pode adotar são três: Diferenciação, Liderança de Baixo Custo e Foco.
Meta SMART é o nome de uma metodologia que estabelece critérios para a definição de objetivos. O conceito é um acrônimo, ou seja, formado a partir da letra inicial de cada um dos seus atributos na língua inglesa, que são: Specific (Específico), Measurable (Mensurável), Attainable (Atingível), Relevant (Relevante) e Time based (temporal). Ao seguir tais diretrizes, é possível definir uma meta de maneira inteligente, que é justamente o significado em inglês da palavra smart.
É uma maneira de planejar quais as ações necessárias que devem ser tomadas para alcançarmos um objetivo. É um planejamento metodológico no qual são definidas as metas da empresa ou pessoa, as etapas necessárias, os responsáveis por cada detalhe e o monitoramento do projeto. Um plano de ação é um checklist de tarefas que devem ser realizadas para atingir um objetivo. Usamos a metodologia 5W2H para criar este checklist.
William Deming já dizia: Não se gerencia o que não se mede, e esta afirmação nunca foi tão verdadeira. Como podemos saber se estamos alcançando os objetivos estratégicos sem uma medição dos resultados das ações estratégicas? Analogamente, é como estar num veículo, em pleno funcionamento, correndo numa estrada lotada de outros veículos, curvas e obstáculos, cujo motorista esteja de olhos vendados. A boa qualidade dos indicadores pode elucidar os motivos do não cumprimento das metas, e assim facilitar a elaboração de um Plano de Ação mais assertivo para a correção destes desvios.
Idalberto Chiavenato é um renomado autor e professor de Administração. Ele destaca a importância da participação de todos os envolvidos na empresa no processo de Planejamento Estratégico, incluindo a alta administração, gerentes e funcionários em geral. Ele enfatiza que o processo de Planejamento Estratégico deve ser liderado pela alta administração da empresa, mas deve envolver todas as partes interessadas e ser comunicado de forma clara e eficaz em todos os níveis da organização.
Não se pode afirmar que exista um único tipo de Planejamento Estratégico que possa cobrir todas as estratégias de uma empresa. Dependendo do objetivo, pode-se ter um plano de ação a ser implementado tempestivamente e outros que vão demorar um ano inteiro. ser utilizados pelas empresas, dependendo do contexto e dos objetivos da organização. Alguns dos tipos mais comuns incluem:
Verônica Loraine
2023-05-02 18:11:24
Uma empresa sem estratégia faz qualquer negócio.